Escrever
Escrever é um martírio, quer no seu sentido comum, quer no seu sentido etimológico. Por um lado, é sempre um acto testemunhal. Por outro, é sempre um exercício da mais extrema angústia. Claro que é também um prazer. Mas um prazer demasiado lento e arrastado, repetido e revisto, para que possa provocar, no seu decurso, uma verdadeira satisfação.
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