Sem ressentimentos...
Um senhor que não conheço – Bernardo Rodrigues, ao que parece - chocou-se com o “post” anterior. Justamente com este! Nos anteriores, eu tinha pretendido apresentar algumas ideias, penso que suficientemente polémicas para merecerem reacção. Um deles – o conto de fadas da liberdade –, apesar de escrito de um modo demasiado apressado, e apesar de sacrificar o rigor à intenção de suscitar reacções, tem na sua base as ideias que, de um modo mais ou menos alterado, servirão de alicerce à primeira parte de um ensaio em que, nos intervalos do doutoramento, gostaria de trabalhar. Para mim, os blogs pareceram-me à partida práticos para poder partilhar e discutir tais ideias, ainda em estado muito embrionário, mas suficientemente formuladas para poderem ser discutidas. Daí que, se houvesse uma reacção a esta minha recente incursão num mundo que me é estranho (e a que certamente permanecerei estranho), gostaria que fosse em relação a elas. Os comentários de outra natureza, como dizia a outra, não me interessam nada. Mas se em relação a este “post”, pondo de parte os comentários amigos e oportunos de dois amigos brasileiros (que aproveito para agradecer), não houve mais nenhuma reacção, o senhor Bernardo Rodrigues resolveu chocar-se e afligir-se com O problema de Portugal, que escrevi por acaso, num desabafo, depois de me ter deparado com uma daquelas situações quase banais em Portugal, mas que deixariam qualquer europeu que conheço (se calhar conheço demasiado poucos além-Pirinéus) com necessidade de um intenso tratamento anti-depressivo. E, com a sensibilidade pungente à flor da pele, depois de me mandar imigrar (SIC), o senhor Bernardo Rodrigues chama-me “rapaz” (o que agradeço, depois de ter feito 30 anos) e “flor de estufa”. Sem ressentimentos: se um dia nos conhecermos pessoalmente, ofereço-lhe amigavelmente um espelho.
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