Caminhos Errantes

domingo, março 19, 2006

Acho muito bem

Uma colega minha de quem muito gosto, chocada com a medida, perguntou-me ontem sobre a minha opinião acerca do exame que se pensa fazer aos professores para certificação da habitação para a actividade lectiva. Dizia-me que era inaceitável, porque se tratava de um "atestado de incompetência passado às universidades e à formação de professores". Disse-lhe que - apesar de achar este governo, no que diz respeito à educação, em geral inconsciente e desastroso - concordava com a medida. De facto, a verdade é que - há que assumi-lo, como dizia o outro, com frontalidade - todos conhecem professores cuja formação científica é demasiado fraca para darem aulas; e que as formações - devido à crescente redução da exigência científica dos cursos e ao chamado lobby das "pedagógicas", que esconde um pequeno núcleo de disciplinas importantes e efectivamente formadoras sob uma maré de cadeiras vazias e inúteis - não têm conseguido assegurar a imprescindível qualidade científica e maturidade intelectual dos docentes. Mas também me parece que o princípio de um exame certificador de qualidade se poderia aplicar a outras realidades, para além dos professores. Imaginemos, por exemplo, um exame de atestação de capacidades aplicado como teste capacitário para a eleição ou nomeação para cargos políticos. Mesmo uma coisa pouco exigente: saber falar e escrever sem erros; ou saber um mínimo de história de Portugal, por exemplo. Certamente adviriam daí resultados interessantíssimos.

1 Comments:

  • Também acho muito bem... Com sua licença, vou linkar. :)

    By Blogger LN, at 10:11 da tarde  

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